Obaluaiê
FRATERNIDADE
E LUZ
Obaluaiê
Na Umbanda, o culto é feito
a Obaluaiê, que se desdobra com o nome de Omulu. Orixá originário do Daomé. É
um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja
devidamente cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam
merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais.
Nanã decanta os espíritos
que irão reencarnar e Obaluaiê estabelece o cordão energético que une o
espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar
o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).
Ambos os nomes surgem quando
nos referimos à esta figura, seja Omulu seja Obaluaiê. Para a maior parte dos
devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis,
referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já
para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois
termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá.
São também comuns as
variações gráficas Obaluaê e Abaluaê.
Um dos mais temidos Orixás,
comanda as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem
profunda relação com a morte. Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa,
em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em outras já curado não
poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol. Seu símbolo é o
Xaxará - um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios.
Em termos mais estritos, Obaluaiê é a forma
jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omulu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é
um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado
pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Obaluaiê é a que mais se vê.
Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Oxalá:
Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha.
A figura de Omulu/Obaluaiê,
assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas
indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre
todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica
vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a
cura do mesmo mal que criou.
Em algumas narrativas mais
tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se
referia ao deus da varíola, tal visão porém, é uma evidente limitação. A
varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente era a epidemia
mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original
africana, onde surgiu Omulu/Obaluaiê, o Daomé.
Assim, sombrio e grave como
Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omulu/Obaluaiê é uma criatura da
cultura jêje, posteriormente assimilada pelos iorubás. Enquanto os Orixás iorubanos
são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas
falhas que os identificam com os seres humanos, as figuras daomeanas estão mais
associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres
humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma
tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no
comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças.
A visão de Omulu/Obaluaiê é
a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é
ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma
negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubás.
Pierre Verger, nesse
sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a iorubá, o
que pode ser sentido em seus mitos: A antigüidade dos cultos de Omulu/Obaluaiê
e Nanã (Orixá feminino), freqüentemente confundidos em certas partes da África,
é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos.
Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que
essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro
e à chegada de Ogum.
Como parte do temor dos
iorubás, eles passaram a enxergar a divindade (Omulu/Obaluaiê) mais sombria dos
dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos
chamar de malignação de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava
correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Ossãe).
Omulu/Obaluaiê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos
sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.
Obaluaiê, o Rei da Terra, é
filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJA que o acolheu quando a mãe rejeitou-o
por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e
quente. É às vezes chamado "o velho", com todo o prestígio e poder
que a idade representa no Candomblé. Está ligado ao Sol, propicia colheitas e
ambivalentemente detém a doença e a cura. Com seu Xaxará, cetro ritual de palha
da Costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos
eleitos, pelos quais Omulu quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente
consagrado a Omulu, que é chamado "médico dos pobres".
Suas relações com os Orixás são marcadas
pelas brigas com Xangô e Ogum e pelo abandono que os Orixás femininos
legaram-lhe. Rejeitado primeiramente pela mãe, segue sendo abandonado por Oxum,
por quem se apaixonou, que, juntamente com Iansã, troca-o por Xangô. Finalmente
Obá, com quem se casou, foi roubada por Xangô.
Existe uma grande variedade de tipos de
Omulu/Obaluaiê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas
guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas
duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode
também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes
grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido
como Skapatá, Omulu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.
Esta Grande Potência Astral
Inteligente, quando relacionado à vida e à cura, recebe o nome de Obaluaiê. Tem
sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta Irradiação ou
Linha, trabalhadores do Grande Laboratório do Espaço e verdadeiros cientistas,
médicos, enfermeiros etc., que preparam os espíritos para uma nova encarnação,
além de promoverem a cura das nossas doenças.
Atuam também no plano
físico, junto aos profissionais de saúde, trazendo o bálsamo necessário para o
alívio das dores daqueles que sofrem.
O Senhor da Vida é também
Guardião das Almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do
desencarne, são eles, os falangeiros de Omulu, que vêm nos ajudar a desatar
nossos fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o
perispírito ao corpo material.
Os comandados de Omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo etérico daqueles que estão em vias de falecerem ou falecidos.
Os comandados de Omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo etérico daqueles que estão em vias de falecerem ou falecidos.
Características
Cor
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Preto e branco
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Fio de Contas
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Contas e Miçangas Pretas e Brancas leitosas.
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Ervas |
Canela
de Velho, Erva de Bicho, Erva de Passarinho, Barba de Milho, Barba de Velho,
Cinco Chagas, Fortuna, Hera. (cuféia -sete
sangrias, erva-de-passarinho, canela de velho, quitoco, Zínia) |
Símbolo
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Cruz
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Pontos da Natureza
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Cemitério, grutas, praia
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Flores
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Monsenhor branco
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Essências
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Cravo e Menta
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Pedras
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Obsidiana, Ônix, Olho-de-gato
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Metal
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Chumbo
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Saúde
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Todas as partes do corpo (É o Orixá da Saúde)
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Planeta
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Saturno
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Dia da Semana
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Segunda-feira
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Elemento
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Terra
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Chakra
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Básico
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Saudação
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Atôtô (Significa “Silêncio, Respeito”)
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Bebida
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Água mineral (vinho tinto)
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Animais
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Galinha d’angola, caranguejo e peixes de couro,
cachorro.
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Comidas
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Feijão preto, carne de porco, Deburú - pipoca, (Abadô - amendoim pilado e torrado; latipá - folha de
mostarda; e, Ibêrem - bolo de milho envolvido na folha de bananeira)
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Número
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3
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Data Comemorativa
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16 de Agosto (17 de Dezembro)
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Sincretismo:
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São roque (São Lázaro).
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Incompatibilidades:
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Claridade,
sapos
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Atribuições
Muitos associam o divino
Obaluaiê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas
Obaluaiê é muito mais do que já o descreveram. Ele é o "Senhor das
Passagens" de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do
espírito para a carne e vice-versa
As Características Dos Filhos De
Obaluaiê
Ao senhor da doença é
relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela
Omulu/Obaluaiê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar,
pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No
comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter
tipicamente masoquista.
Arquetipicamente, lega a
seus filhos tendências ao masoquismo e à autopunição, um austero código de conduta
e possíveis problemas com os membros inferiores, em geral, ou pequenos outros
defeitos físicos.
Pierre Verger define os
filhos de Omulu como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas
quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais
e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos
imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se
consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios
interesses e necessidades vitais.
No Candomblé, como na
Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de
Omulu/Obaluaiê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele
se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se
como uma grande capacidade de somatização de problemas psicológicos (isto é, a
transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa
elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do
cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua
insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra
si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si
uma punição.
Em outra forma de extravasar
seu arquétipo, um filho do Orixá , menos negativista, pode apegar-se ao mundo
material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele,
como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo
em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente.
Mesmo assim, um certo toque
do recolhimento e da autopunição de Omulu/Obaluaiê serão visíveis em seus
casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a
indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o
centro do palco, reservando ao cônjuge de Omulu/Obaluaiê um papel mais
discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com
muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos.
Assim como Ossãe, as pessoas
desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de
amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente
aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o
mundo e guardando sua intimidade para si própria. O filho do Orixá oculta sua
individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de
respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a
um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários porém não são prolixos e
superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que
forma de si próprio.
Entretanto, podem ser
humildes, simpáticos e caridosos. Assim é que na Umbanda este Orixá toma a
personalidade da caridade na cura das doenças, sendo considerado o "Orixá
da Saúde”.
O tipo psicológico dos filhos de Omulu é
fechado, desajeitado, rústico, desprovido de elegância ou de charme. Pode ser
um doente marcado pela varíola ou por alguma doença de pele e é freqüentemente
hipocondríaco. Tem considerável força de resistência e é capaz de prolongados
esforços. Geralmente é um pessimista, com tendências autodestrutivas que o
prejudicam na vida. Amargo, melancólico, torna-se solitário. Mas quando tem
seus objetivos determinados, é combativo e obstinado em alcançar suas metas.
Quando desiludido, reprime suas ambições, adotando uma vida de humildade, de
pobreza voluntária, de mortificação.
É lento, porém perseverante.
Firme como uma rocha. Falta-lhe espontaneidade e capacidade de adaptação, e por
isso não aceita mudanças. É vingativo, cruel e impiedoso quando ofendido ou
humilhado.
Essencialmente viril, por
ser Orixá fundamentalmente masculino, falta-lhe um toque de sedução e sobra
apenas um brutal solteirão. Fenômeno semelhante parece ocorrer no caso de Nanã:
quanto mais poderosa e mais acentuada é a feminilidade, mais perigosa ela se
torna e, paradoxalmente, perde a sedução.
Cozinha ritualística
Feijão Preto
Cozinha-se o feijão preto,
só em água, e depois refoga-se cebola ralada, camarão seco e Azeite-de-Dendê,
misturando ao feijão.
Olubajé (Olu-aquele que, ba-aceita, jé-comer ; ou ainda
aquele-que-come)
O
Olubajé, não é uma comida específica, mas sim um banquete oferecido à Obaluaiê.
São
oferecidos pratos de aberém (milho cozido enrolado em folha de bananeira),
carne de bode e pipocas.
Seus
"filhos" devidamente "incorporados" e paramentados oferecem
as mesmas aos convidados/assistentes desta festa.
É
uma oferenda coletiva para os Orixás da Terra e suas ligações – Omulu/Obaluaiê,
Nana e Oxumarê, é aguardada durante todo o ano com muito entusiasmo, pois é
nesta oferenda que os iniciados ou simpatizantes irão agradecer por mais um ano
que passaram livre de doenças e pedir por mais um período de saúde, paz e
prosperidade.
A
celebração oferece aos participantes um vasto cardápio de "comidas de
santo", e, após todos comerem, participam de uma limpeza espiritual, que
evoca a proteção destas divindades por mais um ano na vida de cada um.
É
uma das cerimônias mais importantes do Candomblé, e relembra a lenda da festa
que ocorria na terra de Obaluaiê, com todos os Orixás, na qual ele não podia
entrar. (ver lenda mais abaixo).
Lendas De Obaluaiê
Orixá da cura, continuidade e da existência !!!
Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Obaluaiê viu
que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Obaluaiê
não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou
espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá,
cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e
convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de
envergonhado, Obaluaiê entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo
acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Obaluaiê e
dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão.
O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente
com suas ekedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de
palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de
Obaluaiê pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se
espalharam brancas pelo barracão. Obaluaiê, o deus das doenças, transformara-se
num jovem belo e encantador. Obaluaiê e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos
e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder
único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens.
Xapanã, rei de Nupê.
Xapanã, originário de Tapa, leva seus guerreiros para uma
expedição aos quatro cantos da terra. Uma pessoa ferida por suas flechas ficava
cega, surda ou manca, Obaluaê-Xapanã chega ao território de Mahi no norte de
Daomé, matando e dizimando todos os seus inimigos e começa a destruir tudo o
que encontra a sua frente. Os Mahis foram consultar um Babalaô e o mesmo
ensinou-os como fazer para acalmar Xapanã. O Babalaô diz que estes deveriam
tratá-lo com pipocas, que isso iria tranqüiliza-lo, e foi o que aconteceu.
Xapanã tornou-se dócil. Xapanã contente
com as atenções recebidas mandou construir um palácio onde foi viver e não mais
voltou ao país Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou.
As Duas Mães de Obaluaiê
Filho de Oxalá e Nanã, nasceu com chagas, uma doença de
pele que fedia e causava medo aos outros, sua mãe Nanã morria de medo da
varíola, que já havia matado muita gente no mundo. Por esse motivo Nanã, o
abandonou na beira do mar. Ao sair em seu passeio pelas areias que cercavam o
seu reino, Iemanjá encontrou um cesto contendo uma criança. Reconhecendo-a como
sendo filho de Nanã, pegou-a em seus braços e a criou como seu filho em seus
seios lacrimosos. O tempo foi passando e a criança cresceu e tornou um grande
guerreiro, feiticeiro e caçador. Se cobria com palha da costa, não para
esconder as chagas com a qual nasceu, e sim porque seu corpo brilhava como a
luz do sol. Um dia Iemanjá chamou Nanã e apresentou-a a seu filho Xapanã,
dizendo: Xapanã, meu filho receba Nanã sua mãe de sangue. Nanã, este é Xapanã
nosso filho. E assim Nanã foi perdoada por Omulu e este passou a conviver com
suas duas mães.
Você Aprendeu:
Sobre o Orixá Obaluaiê; As principais
características de Obaluaiê; Quais suas atribuições; As características dos
filhos de Obaluaiê; As comidas oferecidas à Obaluaiê; Algumas Lendas de
Obaluaiê.
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